26 de setembro de 2003

25 de setembro de 2003

Graças à minha pressão, provavelmente à sua, e mais a de milheres de pessoas ao redor do mundo, Amina Lawal está livre da punição mortal que um tribunal islâmico havia aplicado a ela.

Pelo menos neste caso, pelo menos desta vez, o fanatismo religioso não venceu.
Pelo ICQ:

jampa [20:40]:
ta rolando um flashmob poetico.

posta no teu blog - por uma boa causa!:

Bilhete : Mario Quintana

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

24 de setembro de 2003


É por estes motivos acima que eu não apóio a “onda da terceirização”. Ah, a propósito, isto aí acima é parte do conteúdo de um SPAM que eu recebi de uma empresa que diz prestar serviços terceirados de segurança e de outras coisas também, como recepcionistas…

Favicon instalado. Pelo menos por aqui está OK…:-)
A biografia de Vincent Van Gogh.
Pelo o que eu me lembre é a primeira vez em muitos anos que a primavera aqui em São Paulo começa com dias quentes e ensolarados.

23 de setembro de 2003

A Patricia escreveu sobre algo que eu já havia dito para ela umas outras vezes: que ela não deveria levar um blog tão “a ferro e a fogo”, tão “100% a sério”.

Bom, isso tem juito a ver com a forma com a qual eu encaro o conceito de blog em si, e principalmente com o meu próprio blog, que costumo ver como uma imensa lousa em branco na qual eu, dependendo daquilo que eu quero expressar num determinado momento, tanto posso ilustrar uma imagem quanto escrever um texto sobre um assunto que me interessa ou então escrever algo sobre eu mesmo, uma frase, uma letra de uma música, ou até mesmo algo que só para mim tenha sentido.

22 de setembro de 2003

Que me desculpem os ideais politicamente corretos, mas neste dia mundial do não-uso de automóveis tudo o que eu realmente queria era ter um carro meu.

20 de setembro de 2003

19 de setembro de 2003

Maravilhas da monocultura: Bill Gates ganhou mais uns US$3.000.000.000,00 de um ano para cá e segue em frente como o homem mais rico do mundo.
Lula é um dos favoritos ao Prêmio Nobel da Paz 2003.

Dado curioso:os outros dois concorrentes são George Bush e Tony Blair…
O grande post-meme da semana.
Notícia de seqüestro

17.Set.2003 | No final da tarde de segunda-feira, a Verisign tomou posse de todos os terrenos baldios da Internet com término em .com ou .net.

Explica-se.

Verisign: a empresa norte-americana com concessão outorgada pelo governo norte-americano para conduzir o registro dos endereços .com e .net da grande rede.

Como são eles que registram e conduzem usuários do mundo todo que procuram endereços com estas características, têm poder de fazer o que quiser com eles. (Poder é uma coisa, direito é outra, mais complicada.)

Desde segunda, então, quem errar ao digitar um endereço ou mesmo digitar um que não exista, vai parar numa página de busca no site da Verisign. Lá, um banner publicitário faz uns trocados a mais para eles. Como .com e .net engloba pelo menos metade dos sites na Internet, o trocado é um bocado de shekelim.

Antes, um endereço errado dava numa página de erro. Este site não existe, etc.

A decisão da Verisign criou pelo menos um grande problema para os bons provedores de acesso. Os sistemas anti-spam que estes usam fazem com cada email uma série de testes. Um dos mais básicos é checar se o domínio do remetente existe. Como todos os domínios passaram a ter por referência uma página da empresa, todos passaram a “existir”.

Em meio aos protestos que seguiram à decisão, entre terça e quarta-feira, as listas técnicas e sites dedicados a administradores de rede começaram a debater soluções para driblar a trapaça da Verisign.

A melhor solução deve sair nos próximos dias pelas mãos do Internet Software Consortium, uma espécie de ong que produz o BIND, programa que roda 80% dos servidores de nome de domínio, os DNSs da rede.

Quando alguém digita em seu browser um endereço, manda uma pergunta a seu provedor de acesso: qual máquina corresponde a esta sopa de letrinhas? O provedor remete a pergunta a um destes DNSs, no fim das contas uma tabela com a lista de todos os domínios e os endereços numéricos correspondentes. O que faz o DNS funcionar é o BIND.

A ong que produz este programa vai colocar à disposição dos provedores um patch, emenda que fará tudo voltar a funcionar como dantes. Os meandros de como isto funcionará ainda não estão claros.

História complicada? Não deixa de ser. Resume-se da seguinte forma: desde segunda-feira, a Internet ganhou um vilão maior do que a Microsoft.

> ISC to Cut Off Site Finder
http://www.wired.com/.../0,1282,60473,00.html
> VeriSign redirects error pages
http://news.com.com/2100-1032-5077530.html
> via Slashdot
http://www.slashdot.org/


Update: Verisign é processada em US$ 100 milhões por redirecionar sites.
O blog do Nemo Nox está de cara nova… e agora tem permalinks!
Finalmente eu arrumei os bookmarks do meu browser. Agora está tudo está razoavelmente bem-arrumado, apesar de eu já saber que logo logo eu vou colocar links e mais links novos que vão bagunçar tudo outra vez…:-P

Bom, pelo menos os links para os blogs estão melhores: em vez do título dos dito-cujos, nomeei os links com os nomes dos autores dos blogs, o que é para mim um bom passo para organizar melhor as coisas.


Neste sábado houve no apartamento do Fukunaga uma sessão DVD da trilogia “De Volta Para O Futuro” para o pessoal do Lugaralgum.

Como eu cheguei por lá por volta das 17:00h, acabei assistindo apenas as partes II e III, mas de qualquer forma foi muito bacana ter visto estes grandes filmes pop de novo…:-)

Depois de lá, saí em direção à Trash 80’s (não sem antes numa incrível coincidência ter encontrado o Zigmeister no momento em que eu, o Alexandre e a Sandra estávamos indo para o ponto de ônibus) para dar um grande abraço de feliz aniversário na Adriana, que está feliz da vida ao lado do marido Luciano e da sua filha Maria Clara, que vêm aí…
Apesar das mudanças implantadas recentemente, o Blogger continua dando problemas na hora de publicar. O pior deles é quando se publica um post que por algum motivo “trava” a atualização do blog, impedindo que qualquer outro post novo escrito depois dele apareça. A única solução acaba sendo deletar o “post travador” e todos os posts publicados depois dele para que tudo volte ao normal. É o que acabei de fazer.

11 de setembro de 2003

Há dois anos, eu estava na minha mesa de trabalho, quando de repente vi as coisas acontecerem diante dos meus olhos. Fiquei atordoado, sem saber o que estava se passando exatamente naquele momento.
Há 30 anos, aviões de guerra bombardeavam o palácio presidencial em Santiago, no Chile, pondo fim à vida e ao governo democraticamente eleito de Salvador Allende para colocar em seu lugar… Augusto Pinochet.

Morreu nesta segunda-feira aos 101 anos a a atriz, cineasta e fotógrafa alemã Leni Riefenstahl.

A figura dela envolve um dilema que sempre existiu: até que ponto pode-se separar o conteúdo artístico da obra de uma pessoa e a ideologia que ela abraça ou colabora, e até que ponto julga-se a obra dela por causa disso.

Leni, que começou como atriz, tornou-se mundialmente conhecida como diretora oficial dos filmes de propaganda nazista de Adolf Hitler. Enquanto na Alemanha ditatorial dos anos 1930 tropas, indústrias e campos de concentração se preparavam para realizar o grande trabalho sujo, a Leni coube cuidar da parte “limpa” dele.

Através de filmes como Triunfo da Vontade e Olympia I e II, mostrava-se a beleza visual do nazismo e dos “valores ideais germânicos” no intuito de convencer o público alemão que a ideologia e o regime de Hitler era o único e grande caminho para o país.

Apesar disso, estes filmes que colaboravam com tais planos nefastos foram de uma certa forma revolucionários. Leni introduziu não só novas técnicas de filmagem, com câmeras móveis movendo-se de uma maneira inédita, como de estética também. Não é à toa, por exemplo, que diretores como George Lucas elogiam este aspecto em seus filmes.

A polêmica se seguiu após a II Guerra Mundial, e apesar do reconhecimento de suas inovações cinematográficas, Leni nunca mais conseguiu um centavo de patrocínio privado para seus projetos. Mesmo assim, ela seguiu em frente fazendo ensaios fotográficos em diferentes regiões do mundo até o fim de sua vida (recentemente ela voltou a fazer um documentário, desta vez sobre a vida marinha).

Quanto ao conhecimento sobre as atrocidades de Hitler, Leni sempre veementemente falou que nada sabia, de maneira semelhante ao arquiteto Albert Speer (embora este não tenha escapado de punição, passando 20 anos na cadeia). Saber até que ponto ela estava mentindo ou não não é uma tarefa tão fácil…

Mas talvez uma pista seja uma frase que Leni Rifenstahl falou uma vez :

“A realidade não me interessa”.

10 de setembro de 2003

Alexandre BAV mandou bem:

Amanhã, segunda-feira dia 8, às 20h será a abertura da exposição São Paulo Nossa Cidade na galeria Prestes Maia (MASP Centro, Praça do Patricarca). O evento tem o subtítulo mais infeliz e reacionário que eu consigo me lembrar: A Arte não Muda o Mundo. Mas Adverte.
A arte não muda o mundo? Putaqueopariu! [7.9.03]
Gravadoras processam menina de 12 anos por trocar músicas na web.

Chegaria a ser algo surreal, se não estivesse de fato acontecendo. E um dos meus medos nesta questão toda é que um dia estas leis draconianas de copyright dos EUA sejam implantadas aqui em terras brasileiras através dos acordos comerciais e ALCAs da vida.
Preta Gil. Cada país tem a Kelly Osbourne que merece.
Preço de cerveja, carro e roupas sobe com reforma tributária.

Lamentável. E enquanto isso, a CPMF continua por mais quatro anos…
7 de setembro de 1998. O começo de um serviço revolucionário na web.

8 de setembro de 2003

E veja só, por causa do post sobre as capas da Playboy eu acabei sendo citado hoje na coluna do Gravatá no jornal O Globo…;-)

Cynthia Myers.
Vi esta foto pela primeira vez neste fotolog.
Duas coisas que, por mais que eu tente organizar e manter a ordem, sempre acabam ficando uma bagunça: os ícones no meu desktop e os favoritos no meu browser.

7 de setembro de 2003

Trilha sonora: Fashion Freaks, set do DJ Tonyy no Rraul.
Peaches, Ladytron, Green Velvet, essas coisas…

Update (18/09/2003): o Tonyy deu o serviço completo nos comentários do meu fotolog:

Fashion Freaks Electro Mix

MP3, 192 kbps - total 72:23 minutos

01. Waldorf - Fashionist (Sacral Choir Mix) 0:00

02. Waldorf - Fashionist (Disghost Mix) +/- 1:07

03. Sven Vath - Mind Games (Tobi Neumann Mix) +/- 5:20

04. Peaches - Set It Off (Disco Remix) +/- 10:40

05. Losoul - Overland +/- 14:30

06. Goldenboy feat. Miss Kittin - Rippin Kittin (Glove Tension Dub) +/- 18:45

07. Susumu Yokota - Re:Disco +/- 23:40

08. Ladytron - Playgirl (I Monster Northern Lites Mix) +/- 27:00

09. Club 69 - Drama +/- 30:50

10. Green Velvet - Genedefekt +/- 34:05

11. Tiga & Zyntherius - Sunglasses At Night (Dandy Dream Version) +/- 36:20

12. Green Velvet - La La Land +/- 43:05

13. Waldorf - You’re My Disco (New Romantic Mix) +/- 46:20

14. Capri - Pantera +/- 50:00

15. Queen Of Japan - I Was Made For Loving You +/- 55:30

16. Al Ferox & Vitalic - Telerotica +/- 58:10

17. Cut Rate Box - Behind The Wheel +/- 62:00

18. Fischerspooner - Emerge (Superstar Vocal Remix) +/- 66:40
Rival asiático do Windows pode ferir competição, diz Microsoft.

O quê????????
O governo americano - “Houve muitas ações tomadas em nome do ataque. Mas você nunca sabe se é realmente verdade o que nos contam. E houve uma série de coisas que passaram no Congresso, como o Patriot Act [medidas antiterror que restringem liberdades civis], que eram, em alguma medida, invasão de privacidade. Claro, há coisas positivas e negativos nele, mas esse tipo de coisa nunca teria passado antes de eventos como esse.”

Mudança pessoal - “Eu digo que não sinto mais medo da morte. Estive muito perto dela. Só o fato de ver alguém nos últimos segundos antes de atingir o chão e não sobrar mais nada, isso muda sua perspectiva. Filmes de horror que antes me fariam ranger os dentes não me assustam mais.”


Trecho do depoimento de um sujeito que estava no trabalhando WTC na manhã do dia 11/09/2001.
Traumatizada pelo 11 de Setembro, NY procura ajuda psicológica

ROBERTO DIAS
da Folha de S.Paulo

O medo da população não cede. A procura de ajuda psicológica cresce. As pessoas sofrem com problemas respiratórios e ainda descobrem que foram enganadas pelo governo. A economia passou de mal a pior. No buraco que restou, poucos sinais visíveis de mudança.
Dois anos após ter sido o alvo principal do maior ataque da história americana, Nova York padece com uma cicatriz não-curada, aberta quando dois aviões sequestrados foram usados para destruir as torres do World Trade Center.

O tamanho do trauma é dado por uma pesquisa divulgada na última semana: 69% dos nova-iorquinos acreditam que possam sofrer novo ataque terrorista em, no máximo, um ano. Já a persistência do trauma é mostrada por uma comparação: o número está em empate técnico com o verificado no ano passado, em pesquisa semelhante (75%). “O medo ainda está lá. Ele foi incorporado nas nossas vidas”, explica Julie Weprin, do instituto Blum & Weprin, que fez o levantamento.

Ar impróprio

Um quinto da população se lembra dos ataques todos os dias. Mas uma parcela desconhecida ainda hoje sofre fisicamente por causa daquele 11 de setembro de 2001: a poeira que tomou a parte sul de Manhattan nos dias seguintes afetou o sistema respiratório de muitas pessoas que moravam ou trabalhavam na região.

A única coisa que se sabe é que o problema não é pequeno. Por causa disso, a prefeitura nova-iorquina lançou anteontem um programa pedindo a todos os que estavam lá naqueles dias que se registrem em um cadastro especial. Terão sua saúde monitorada pelos próximos 20 anos.

O pior, porém, é que a ação da prefeitura ocorre dias depois de os nova-iorquinos descobrirem que a Casa Branca manipulou um relatório sobre a qualidade do ar, de forma a incentivar que as pessoas voltassem a trabalhar na região nos dias seguintes.

“Quando a EPA [a agência ambiental americana] anunciou em 18 de setembro [de 2001] que era seguro respirar aquele ar, não havia dados suficientes para afirmar isso”, diz um recém-divulgado relatório interno da agência. Meses depois do ataque, a EPA expôs ratos à poeira do Ground Zero. Comprovou que respirá-la não era nada saudável. Calcula-se que 200 mil pessoas o tenham feito.

Há indicações também de que o grupo diretamente afetado pelo ataque — como as famílias de vítimas — passa por sérios problemas. O mais conhecido serviço público de aconselhamento psicológico da cidade viu o número de pedidos de ajuda pular de 3.000 para 5.800 mensais após o ataque. Só que, com o 11 de Setembro cada vez mais distante, o número não só não retrocedeu como continua a aumentar. A média deste ano está em 6.400.

“Isso não é surpresa para pessoas que estudam desastres. Para muitos das que foram diretamente afetadas, o primeiro ano é para lidar com necessidades básicas. Algumas têm de achar novos empregos, outras têm de reorientar sua vida, talvez tenham de lidar com advogados. Em algum ponto depois, reconhecem que, emocionalmente, ainda têm problema”, diz John Draper, diretor da Lifenet, que opera o serviço.

Sobre a economia, sabia-se havia tempos que ela estava mal — na verdade, os atentados pioraram uma situação já ruim. A novidade é que o efeito foi ainda pior que o imaginado.
No primeiro aniversário do atentado, no ano passado, a Controladoria de Nova York calculara que os atentados teria sido responsáveis pelo desaparecimento de US$ 16 bilhões da economia local em 2002. Neste mês, apresentou a conta real: US$ 18 bilhões. A estimativa de perda para este ano pulou de US$ 19 bilhões para US$ 25 bilhões (mais de 5% do que seria o PIB nova-iorquino).

“Acredito que os efeitos do 11 de Setembro sejam piores que o estimado porque o sentimento de medo não foi embora”, aponta John Tepper Marlin, economista-chefe da Controladoria, acrescentando que outros fatores, a seguir, agravaram a situação — cita as fraudes de Wall Street e a Guerra do Iraque.

Em sua opinião, a situação só será alterada depois que a cidade decidir o que fazer com a área do WTC. “Penso que os aspectos físicos e espirituais estarão resolvidos nos próximos meses, e 2004 trará recuperação para a cidade.”

6 de setembro de 2003

Vou ali criar um arquivo compactado a partir de um CD com 261,1MB de dados e já volto.
Eu ia assistir hoje As Duas Torres em DVD, mas acabei de ligar na minha locadora e fico sabendo que todas as cópias estão ocupadas. Pfui.
Um monte de cupins voadores acaba de invadir meu quarto para cultuar a lâmpada acesa e avisar que o inverno está próximo do fim.
ah… ah… ah… CHOOOOO!!
(via Tele, via Zamorin)

Este aí é um Easter Egg do Photoshop 3.0 que eu descobri aqui.
05/09/2003 - 04h25

Médico discute morte na “Semana Sinapse”

da Folha de S.Paulo

Ontem, na quarta palestra da “Semana Sinapse” (“A medicina vai vencer a morte?”), o médico urologista Miguel Srougi falou sobre o estado atual da medicina e sobre os problemas que a imortalidade traria.

“Estamos prolongando o envelhecimento, mas não evitando a morte”, disse o médico após citar avanços como a terapia genética. Srougi acredita que, caso a imortalidade fosse alcançada, a humanidade enfrentaria problemas como a escassez de alimentos e água, o desestímulo ao desenvolvimento pessoal e a criação de “dois mundos”, um dos mortais e outro dos imortais.

Para o médico, também professor de urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), é preciso ter consciência de que a morte é inevitável.

“A gente não gosta de pensar nisso, mas tem que ter essa idéia na cabeça”, afirmou Srougi no Mube (Museu Brasileiro da Escultura), na avenida Europa, 218, zona oeste de São Paulo.

Hoje, o economista Eduardo Giannetti fecha a “Semana Sinapse” com “O Brasil será sempre o país do futuro?”, palestra a ser mediada pelo editor de Dinheiro, Márcio Aith.

As palestras começam às 19h30. As inscrições já estão encerradas. O evento é patrocinado pela Uninove e pela BrasilConnects. A semana comemora o primeiro ano de edição do caderno Sinapse.
Urdidura

01.Set.2003 |  Há um curioso spam que circula na Internet, em diversas versões, oferece dinheiro a quem tiver equipamentos específicos para a construção duma máquina de viagem ao tempo. Coisas simples: um capacitor com
deslocamento temporal interno ou um gerador de urdidura com motor de indução GRC79.

Muitas teorias já circularam para explicar este curioso spammer que pretende viajar no tempo. Isca para otário?

Dave Hill, um programador norte-americano, decidiu investigar. Respondeu oferecendo uma loja virtual que preparou rapidinho, falsa mas com cara de verdadeira. Chegou ao ponto de enviar — e ser pago pelo misterioso comprador — um motor de disco rígido como sendo o tal gerador de urdidura.

Quando o comprador quis outros equipamentos, Hill parou. Não era uma brincadeira afinal? Não era. Um dos spammers mais conhecidos do mundo é, na verdade, um rapaz com grave problema de percepção da realidade. Chama-se Robert Todino, Jr.

A Wired está acompanhando a história — que ainda não parece ter terminado.

> Turn Back the Spam of Time
http://www.wired.com/news/culture/0,1284,60141,00.html
Ele deu uma parada no blog, mas agora está escrevendo aqui. Boa sorte, Dr. Johnattan “Zigmeister” Lake!…:-)
Link que eu vi no Filtro:

Nossa história pulverizada

04.Set.2003 |  Aconteceu em São Paulo, em três dias de um recente leilão de artes e antiguidades: 489 peças foram compradas por antiquários, decoradores, colecionadores e interessados de todo tipo. Do total, pelo menos duas centenas têm relevância para a história do país, estavam fora dos museus oficiais e continuarão fora deles.


continua…
Blog do Cláudio Souza: eu li e gostei.
Vocês podem me considerar um chato, mas…

Eu odeio abertura de sites em Flash (sim, aquelas em que você fica olhando para a cara e depois já se enche e clica no “skip intro”). Que coisa mais inútil. Web site é web site, e não CD-ROM de multimídia ou programa de TV.

Eu também odeio websites que me negam o sagrado direito de usdar os botões back, forward e stop do meu browser para impor os botões de back e forward que são colocados dentro da própria página. Não reinventemos a roda, por favor…

Eu odeio páginas na web que me forçam a não redimensionar a janela do browser da maneira que eu quero.

Eu odeio aqueles breguecinhos que ficam voando ao redor do ponteiro do mouse enquanto você passa por ele pela página. Aditivo estético inútil que só serve para deixar a página mais pesada.

Eu odeio páginas que querem me forçam a votar em alguma coisa ou participar de alguma coisa.

Eu odeio banners pesados em Flash. Aliás, a bem da verdade, eu odeio em geral todo o uso desnecessário de Flash; há um monte de ocasiões em que o velho e bom GIF animado pode substituí-lo com perfeição.

Eu odeio sites que não funcionam em Macintosh.
Andei anteontem à tarde pelas ruas e ruelas da Vila Madalena.

Sinceramente, sempre tive sonhos de um dia morar neste bairro, e fui prestando nos arredores para ver aonde e como isto seria possível. Bom, logo de cara dá para perceber que a Vila é um bairro em transformação: muitas casas sendo demolidas para dar lugar a prédios, muitas áreas residenciais gradativamente se tornando comerciais, enfim…

Há vários pontos bacanas, muitos cafés com revistarias pelas esquinas (e eu adoro isso…;-)), bares e estabelecimentos bacanas, frequentados por gente pelo jeito também bacana, somando-se aí às tradicionais casinhas de artesanato e bares, açougues e farmácias.

Interessante: vi que nas casas mais antigas ainda há na calçada o “rapa-pé”, que servia tirar o barro acumulado debaixo da sola do calçado, principalmente nos dias de chuva, quando as ruas ainda eram de terra naquele local.

Bom, morar num sobrado residencial naquela região nem sempre pode ser uma boa idéia — afinal, do jeito que as coisas vão andando por lá, no dia seguinte pode aparecer como novo vizinho um gigantesco prédio fazendo sombra ou, pior, um barulhento barzinho ou casa noturna. A rua tranquila pode virar corredor de tráfego. E há obviamente um processo de elitização do bairro, que talvez um dia se transforme em algo parecido com aquela parte dos Jardins logo abaixo da Av. Paulista.

Escolher um lugar para morar lá por um preço razoável talvez seja um tarefa bem menos fácil do que eu imaginava.
Fui convidado para entrar num mundo exótico.
Mmmmm… desta vez eu vou aceitar.
;-)

4 de setembro de 2003

Falando em qualidade, é uma pena o Canal 21 ter cortado a periodicidade diária do programa de entrevistas do Larry King para torná-la semanal. Eu era um daqueles que gostavam de assistir o programa.

E o que dizer da transferência de “Passando A Limpo” com Bóris Casoy dos domingos para os sábados à noite por parte da TV Record? Lamentável…
INCRÍVEL: VEM AÍ UMA RÁDIO DECENTE

Eu sabia que a luta não era em vão. Pode acreditar. A rádio rock Brasil 2000 está a caminho de salvar o nosso dial. Cansada da pasmaceira que domina as estações de rock de SP, a proprietária da Brasil 2000 ficou muito encanada com coisas do tipo “O Estranho Caso Urge Overkill” e resolveu dar uma varrida da casa.
A mudança geral aconteceu já na segunda-feira passada, quando uma chuva de White Stripes, Libertines, Black Rebel Motorcycle Club novo etc. penetraram na vaga dos Men at Work, Whitesnake e Urge Overkill da vida. Tudo bem que dividiram espaço com Caetano e Gil, mas segundo Kid Vinil, veterano agitador do rock e novo diretor artístico da rádio, isso faz parte da “ruptura”.
“Vamos tocar tropicália, sim. Mutantes, Secos & Molhados. Mas também já coloquei cinco faixas diferentes do White Stripes na programação. Até ‘Gay Bar’, do Electric Six, tocou hoje”, falou Kid Vinil, que decreta que a rádio vai ser pautada agora pela “qualidade”.
É idéia da “nova Brasil 2000” fazer playlist baseado no gosto do ouvinte, como acontece em rádios decentes do exterior. Lembro que os Strokes, gigantes na Inglaterra, mas ainda ninguém nos EUA, implorava pelo seu site para os fãs ligarem para as rádios de San Diego (acho) para pedirem suas músicas na programação. Só entrava o que era gosto do público.
A Brasil 2000 pretende também ficar atenta à informação, internet e se conectar às baladas que movimentam a cidade. E botar mais programas específicos na emissora, provavelmente à noite. A rádio cogita a volta do programa “Garagem”, que muita gente não entende por que caiu fora. Ou entende, até.
Que a Brasil 2000 seja bem-vinda e só melhore a partir de agora.
Hey DJ play my song.


Eu já estava ouvindo os sinais dessa mudança de rumo há uns dois dias. Bom, pelo menos espero que desta vez esta experiência de oferecer variedade e qualidade ao invés da mesmice seja duradoura…

1 de setembro de 2003

Li no blog do Cris Dias um post muito esclarecedor a respeito da “novidade” que as operadoras telefônicas estão querendo implantar agora: o limite mensal do download de dados, algo que pelo jeito a Telefônica já está armando (citei isso num post anterior recente) para um futuro bem próximo. Devido à importância de se entender o que está acontecendo, reproduzo o post:

Giro
 
Voltando à história de se cobrar os usuários de Internet dedicada por banda consumida.

Vésper lança novos planos de acesso à internet

A Vésper está com dois novos planos para o serviço de acesso sem fio à internet em banda larga Giro. Batizados de Giro 1000 e Giro 2000, o primeiro é destinado a internautas que usam a conexão rápida primordialmente para navegar, ler e-mails e que baixam arquivos moderadamente, enquanto o Giro 2000 é voltado àqueles que fazem um uso mais intensivo como baixar arquivos de músicas, trailers de filmes, softwares e outros conteúdos multimídia.

A assinatura básica mensal do Giro 1000 é de R$ 49,90 e o consumo mensal — a soma dos dados recebidos (download) e enviados (upload) para a internet — incluído no pacote é de até 1.000 MB. Já a assinatura básica do Giro 2000 custa R$ 69,90 por mês e o consumo mensal é de até 2.000 MB.

A cobrança por uso, segundo Alexandre Alvim, diretor de desenvolvimento de negócios 3G da Vésper, é comum em produtos que envolvem consumo de recursos, tais como eletricidade, água e gás. No modelo atual de cobrança de serviços banda larga, ele observa a maioria dos usuários, que usa moderadamente, acaba pagando mais para subsidiar uma minoria que usa muito. “É como se o cliente pagasse o mesmo valor de quem deixa um aquecedor elétrico ligado o dia inteiro, enquanto ele consome energia numa escala bem menor, apenas de manhã e à noite”, compara Alvim.

Assim como os políticos, os marketeiros têm o poder de fazer você achar que uma coisa ruim é a melhor coisa que podia lhe ter acontecido. Como costuma dizer um amigo meu canadense: “por favor, não mija no meu ouvido e diz que é chuva”.

Me ocorreu que as empresas brasileiras adoram comparar as coisas aos EUA quando lhes interessa. “O governo devia
[qualquer coisa que benificie as empresas]. Nos EUA é assim.” Mas na hora de favorecer o cliente eles esquecem.

Então vou lembrar: caro Alex Alvim, nos EUA a ligação telefônica local é ilimitada e não há nenhum provedor cobrando por hora usada ou banda consumida. Como já bem disseram aqui nos comentários, não quero voltar ao tempo do dial-up onde eu tinha que ficar contando as horas para não estourar meu limite mensal.

Eu tenho Internet dedicada por dois motivos: preciso estar conectado o tempo todo para poder falar com meus clientes na hora. Também gosto, é claro, de baixar toneladas de arquivos da rede. Não só coisas
piratas como mp3. Eu estou sempre no site de trailers da Apple e baixando demos e trailers de jogos. Adoro sites de filme com seus flash-bangs que avisam de cara “usuários de banda estreita, nem pensem em clicar aqui”.

Então, francamente, se meu provedor começar a me cobrar por banda eu talvez não volte para o dial-up (por causa do primeiro motivo) mas basicamente todo mundo que usa banda larga o faz justamente por poder baixar arquivos sem se preocupar com o tempo de transferência. Se um “taxímetro” voltar a funcionar eu certamente vou passar para o plano mínimo (que pelos números da Vesper e Telefônica é aproximadamente um terço do que eu pago hoje, ou seja, prejuízo para eles) e um abraço.

Ainda no papo “nos EUA é assim”, lá o governo mandou as empresas de telefonia abrirem sua rede para que outros provedores pudessem vender o serviço de DSL. Isso não resolve totalmente o problema do monopólio mas é bem melhor do que o cala-boca inventado no Brasil onde os provedores obrigam o usuário a se “autenticar” num provedor de “acesso” antes de poder navegar. O provedor cria um site de “conteúdo de valor agregado” (ou seja, um monte de trailer de filme, rádios online, etc. — que não necessariamente foram criados por eles — para justificar a banda larga, dados os quais teremos que pagar em breve para baixar, nunca é demais lembrar) e ganha uma fatia do bolo. Em troca não se mete no negócio de prover o acesso em si, deixando o caminho livre para a operadora de telefonia cobrar como e quanto quiser de quem precisa estar conectado o dia todo. Eu, por exemplo, sou “assinante” do globo.com mas os meus pacotinhos IP nunca passam pelos servidores e roteadores do plim-plim. Oh sim, eu tenho direito ao tal do Globo Media Center (que eu até acho legal, comparado a outros “provedores banda larga” que não oferecem nada) mas se eu vou ter que pagar a mais pelos bytes consumidos pelos videos do TV Pirata eu prefiro não baixar, obrigado.

E, finalmente, por favor não me venha com esse papo de que uma pessoa que não baixa tantos arquivos está
subsidiando os meus downloads. Eu pago o equivalente a US$ 50 por mês pelo meu acesso à Internet, eu acho que é dinheiro suficiente para precisar de subsídios.

O pensamento marketeiro-gerencial funciona assim:
Fulaninho da Silva baixa trocentos gigas em mp3 e divx por mês. Vamos colocar um limite de download de 1gb. Trocentos-menos-um a gente cobra por fora. Vamos ficar ricos. Quando o uso cair porque o Fulaninho não quer pagar o excesso de banda eles vão chorar dizendo que o mercado brasileiro não está atendendo às expectativas e por isso precisam aumentar o preço. Aliás eles não vão chorar nada, vão simplesmente aumentar já que não há regulamentação por parte da Anatel.

É claro que a coisa é inevitável. Até o fim do ano todas as empresas de banda larga (que, por sinal, vivem reclamando que não estão conseguindo vendas o suficiente) vão migrar te mandando um “cala boca e paga”. Provavelmente os usuários atuais serão afetados, já que o contrato atual tem uma cláusula que diz que a prestadora pode mudar o valor e o cálculo da cobrança quando quiserem. Não gostou? Cancela a conta e vai pro concorrente. Opa, mas que concorrente? Não tem.


O que eu tenho a dizer sobre isto tudo:

Problema 1: a legislação brasileira no que diz respeito ao acesso à Internet está definitivamente antiquada, pelo simples motivo que para ela só existiria acesso à Internet via dial-up, algo que obviamente a realidade dos fatos tratou de suplantar;

Problema 2: nos planos da reforma do ministro Sérgio Motta as companhias telefônicas entrariam gradativamente num sistema de competição plena, mas o poderoso lobby destas empresas privatizadas em Brasília faz com que esta abertura seja adiada para uma data cada vez mais distante, segundo elas por ainda “não estariam em condições ideiais para um mercado totalmente aberto”.

E assim vamos seguindo à mercê das vontades de oligopólios…